by Lucas correa
Consumidores pagaram até R$ 200 por exemplares oficiais do jogo Gran Turismo 5 – lançado no início de dezembro – que vieram com aspecto de falsificado, segundo apurou a Folha, que conversou com alguns deles.
Eles adquiriram um exemplar oficial do jogo em três lojas diferentes e as reclamações foram muitas: estampa do Blu-ray com cara de falsificada, marcas de dedos nas mídias que estavam teoricamente lacradas, manuais mal impressos e caixas genéricas. O jogo em si – o software – funciona bem, mas os consumidores que pagaram até R$ 200 pelo game exigem ótima qualidade em todos os aspectos.
Wellington Terumi Uemura foi o primeiro leitor a procurar o jornal com reclamações, pouco tempo após o lançamento do game. Uemura conta que adquiriu o jogo na loja UZ Games do Shopping de Guarulhos e pagou R$ 199 pelo produto.
Ele lembra que, ao abrir a caixa, encontrou uma mídia com aspecto de pirata e cheia de marcas de dedos. Ao voltar a loja, Uemura explica que o vendedor abriu outra embalagem do jogo na sua frente e ela estava nas mesmas condições.
Não havia o que fazer, eles me disseram.
Procurada da Folha, a UZ disse que a ocorrência relatada por Uemura era o único caso até agora. Em nota oficial à imprensa,
A UZ Games informa também que abrirá todas as embalagens na frente do cliente para, juntos, identificarem um jogo que esteja com 100% de qualidade.
Não demorou para surgirem novos casos.
Carlos Azevedo, 38, comprou seu Gran Turismo 5 no Walmart em uma promoção por R$ 159:
O que estamos reclamando é em relação à qualidade da embalagem como um todo, principalmente pelo preço cobrado.
O exemplar dele veio com um manual mal impresso, caixa “genérica” – “não é a que normalmente vem com os jogos de PlaySation3” – e estampa da mídia de péssima qualidade.
Azevedo conta que costuma importar jogos, pelo preço sair mais em conta.
A Sony é uma empresa que costuma ser conhecida pela qualidade dos produtos, portanto resolvi comprar esse jogo nacional, mas fiquei decepcionado.
Eduardo Mori, 19, comprou o jogo também no Walmart e teve problemas parecidos.
Em comparação com o [jogo] importado o encarte é mais simples (não apresenta uma arte de fundo na parte interna da caixa) e a impressão no disco do Blu-ray é de baixa qualidade, tornando as informações escritas quase ilegíveis.
O Walmart foi procurado pela Folha, mas ainda não enviou uma resposta
Cristian Martinez afirma ter comprado seu exemplar do jogo por R$ 200, logo no dia lançamento nacional, na própria loja da Sony, a Sony Style do Shopping Bourbon, em São Paulo. Martinez também reclama da péssima qualidade do aspecto físico da mídia:
Parece um disco pirata, apesar de eu já ter visto DVDs pirata com melhor qualidade. Fiz questão de esperar o lançamento no Brasil por achar que seria melhor comprar o jogo nacional e incentivar o mercado brasileiro.
Ele diz ter entrado em contato com a Sony DADC, porém conta que não teve nenhuma resposta ainda.
Nos fóruns, eu li que era normal o produto ter baixa qualidade por estarmos no Brasil, mas isso é inaceitável. Devemos ter os mesmos direitos e qualidade.
A Sony foi procurada inicialmente pela Folha no dia 7 de dezembro por e-mail e telefone. Foram feitas seguidas cobranças, mas a empresa não enviou resposta.
Agora a Ps3 e Cia Brasil comenta a matéria publicada pela Folha.com
◦Os manuais estavam em baixa resolução também na versão Americana do jogo.
◦A qualidade da pintura dos Blu-Rays nacionais realmente é muito inferior a qualidade da pintura dos Blu-Rays americanos.
◦Marca de dedos na mídia é no mínimo amador.
◦A Sony do Brasil não responde nem a Folha de São Paulo? Estamos perdidos…
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